O laboratório de sanidade da Universidade de Passo Fundo (UPF), no Rio Grande do Sul, se consolidou como o maior testador de sêmen suíno no Brasil, realizando mais de 3 mil análises mensais. A instituição testa aproximadamente 45% de todo o material genético comercializado no mercado nacional, contribuindo significativamente para a cadeia produtiva da carne suína, uma das proteínas mais consumidas no país.
Segundo Clóvis Tadeu Alves, gerente da Divisão de Prestação de Serviços da UPF, o laboratório mantém uma parceria estratégica com a Bretanha Suínos, que direciona a testagem de qualidade do sêmen para a universidade. Esse material é posteriormente utilizado por grandes frigoríficos e produtores, garantindo o sucesso da reprodução e a qualidade genética dos leitões.
O processo de testagem inclui uma análise rigorosa de aspectos como formato, características genéticas e a presença de contaminantes. Amostras que não atendem aos padrões de qualidade, como aquelas com alto índice de espermatozoides defeituosos, são descartadas.
A UPF planeja expandir seus serviços laboratoriais para outros segmentos do agronegócio, com a meta de criar um dos maiores complexos de análise do setor no sul do país. Atualmente, a universidade já oferece serviços em áreas como leite, alimentos, solos e sementes.
Dados do IBGE reforçam a relevância do setor de suínos no Brasil, com um rebanho de 44,2 milhões de cabeças e uma produção de 4,5 milhões de toneladas de carne suína em 2023, destacando o país como um dos maiores produtores globais.