A Bronquite Infecciosa (IBV), uma doença respiratória altamente contagiosa entre aves, continua a desafiar o setor avícola com sua capacidade de mutação e recombinação de cepas. Mesmo com décadas de vacinação em diferentes regiões do mundo, o vírus se mantém como uma ameaça persistente, afetando gravemente a produtividade e a rentabilidade das granjas.
Especialistas em sanidade animal destacam que a alta taxa de mutação do IBV e sua capacidade de se recombinar com outras cepas tornam a doença difícil de controlar. “Em áreas onde várias cepas estão em circulação, a combinação inteligente de diferentes vacinas pode ampliar a proteção cruzada”, explica Sjaak de Wit, imunologista e pesquisador sênior do Instituto Royal GD, na Holanda.
Atualmente, no Brasil, cepas como BR1, Var2 e Q1 são as mais comuns, e a introdução de novas variantes traz ainda mais desafios para o controle eficaz da doença. Além dos danos à saúde das aves, o vírus compromete a qualidade dos ovos e pode resultar em prejuízos econômicos significativos, com sintomas respiratórios, queda na produção e aumento de infecções bacterianas secundárias.
A vacinação, apesar de ser a principal ferramenta de combate, requer um planejamento cuidadoso e pode ter eficácia variável, dependendo das condições específicas das granjas.