Produção de tilápias e camarões: cuidados com a alimentação e manejo

Tanque de criação usado na produção de tilápias e camarões com práticas de biosseguridade
Tanque de criação usado na produção de tilápias e camarões com práticas de biosseguridade

A produção de tilápias e camarões tem crescido de forma acelerada no Brasil, consolidando-se como um dos pilares da aquicultura nacional. No entanto, esse crescimento traz um desafio importante: a prevenção de doenças que afetam diretamente a saúde dos animais e a rentabilidade dos criadores.

Por isso, para manter a sustentabilidade dos cultivos, é fundamental adotar estratégias baseadas em alimentação adequada, boas práticas de manejo e medidas rigorosas de biosseguridade.

Quais são as principais doenças na produção de tilápias e camarões?

Tilápias podem ser acometidas por doenças bacterianas como a septicemia hemorrágica, causada por Aeromonas. Já os camarões enfrentam riscos elevados com a síndrome da mancha branca (WSSV), um vírus altamente contagioso que gera grandes prejuízos na carcinicultura.

Em geral, esses patógenos podem entrar nos cultivos por meio da água, larvas infectadas, equipamentos não higienizados ou visitantes sem controle sanitário. Dessa forma, prevenir é sempre mais eficaz — e mais barato — do que tratar.

Como a alimentação e o manejo previnem doenças nos cultivos?

A alimentação balanceada e o manejo eficiente são aliados poderosos na saúde dos animais. Entre as práticas mais eficazes, destacam-se:

  • Uso de rações de qualidade: Tilápias e camarões bem nutridos apresentam maior resistência a doenças.

  • Distribuição controlada: Fornecer alimento nos horários corretos e na quantidade ideal evita estresse e contaminação da água.

  • Monitoramento da água: Controlar pH, amônia, temperatura e oxigênio dissolve problemas antes que eles se tornem surtos.

  • Densidade ideal nos tanques: Superlotação compromete o bem-estar dos animais e favorece surtos infecciosos.

  • Protocolos de biosseguridade: Desinfecção de materiais, controle de entrada de pessoas e quarentena de novos lotes são práticas indispensáveis.

Quais tecnologias estão transformando a produção de tilápias e camarões?

A aquicultura moderna conta com recursos tecnológicos que melhoram a sanidade e a produtividade. Entre os principais, podemos citar:

  • Biomarcadores não letais: Permitem diagnóstico precoce sem prejudicar os animais.

  • Vacinação de tilápias: Alternativa eficaz aos antibióticos, com impacto positivo na saúde pública e no meio ambiente.

  • Sistema de bioflocos (BFT): Gera proteína natural e mantém a água em melhores condições.

  • Sistemas de recirculação (RAS): Permitem o reuso da água, com controle total da qualidade e menor impacto ambiental.

Por que investir em capacitação e boas práticas na aquicultura?

Profissionais treinados identificam rapidamente alterações no comportamento dos animais e implementam ações corretivas com mais eficiência. Além disso, a capacitação constante em biosseguridade, qualidade da água e manejo sanitário é essencial para evitar perdas e garantir produtividade.

Como a biosseguridade impacta a rentabilidade da produção aquícola?

Investir em biosseguridade reduz uso de medicamentos, melhora o desempenho zootécnico, diminui perdas e facilita o acesso a mercados exigentes. Nesse sentido, a prevenção se converte em lucro, reputação e sustentabilidade para o produtor.


FAQ sobre produção de tilápias e camarões

1. O que é biosseguridade na aquicultura?
É o conjunto de medidas que previnem a entrada e a disseminação de doenças nos sistemas de cultivo de organismos aquáticos.

2. Qual a melhor ração para tilápias?
A ração ideal varia conforme a fase de crescimento, mas deve ter alto valor nutricional e boa digestibilidade.

3. Posso usar a mesma água para mais de um ciclo de cultivo?
Sim, desde que utilize sistemas como o RAS ou bioflocos, com controle rigoroso da qualidade da água.

4. A vacinação é obrigatória na criação de tilápias?
Ainda não é obrigatória, mas vem ganhando espaço por reduzir o uso de antibióticos e melhorar a sanidade dos lotes.

5. Como sei que meu tanque está com excesso de animais?
Observe sinais de estresse, como perda de apetite, comportamento agitado ou mortalidade fora do comum.

6. É possível evitar completamente doenças nos cultivos?
Evitar totalmente é difícil, mas a adoção de boas práticas e tecnologias reduz drasticamente os riscos.

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Paulo Raffi e Luiz Eduardo Conte

BIOSSEGURIDADE.COM: Uma plataforma dedicada à biosseguridade para todas as espécies animais e vegetais, idealizada pelos veterinários Paulo Raffi e Luiz Eduardo Conte que juntos possuem mais de 60 anos de experiência no setor. Ambos compartilham o objetivo de conscientizar sobre a biosseguridade e contribuir para ambientes mais seguros na produção animal e vegetal, baseando-se na experiência prática acumulada e em estratégias empresariais e de comunicação eficazes para o crescimento da Biosseguridade.com.

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