Aquicultura na Amazônia promove menos impacto ambiental que a pecuária, aponta estudo

Em Palmas, no Tocantins, aquicultor alimenta peixes cultivados em tanques-rede (foto: Felipe Pacheco) Aquicultura sustentável na Amazônia com cultivo de tambaqui
Em Palmas, no Tocantins, aquicultor alimenta peixes cultivados em tanques-rede (foto: Felipe Pacheco)Aquicultura sustentável na Amazônia com cultivo de tambaqui

A Amazônia aquicultura ganha destaque como uma alternativa mais sustentável à pecuária. Segundo estudo publicado na Nature Sustainability, criar peixes em vez de gado pode reduzir em até dez vezes as emissões de gases de efeito estufa e usar até 100 vezes menos terra por tonelada de proteína produzida.

Além disso, a atividade já se mostra viável em larga escala. O Brasil lidera essa produção entre os países amazônicos, com destaque para Rondônia.

Quais vantagens a aquicultura oferece na Amazônia?

A produção de peixes nativos traz diversos benefícios. Primeiramente, ocupa áreas já degradadas, como pastagens abandonadas. Isso significa que o avanço do desmatamento pode ser contido.

Além disso, a aquicultura melhora a renda de produtores locais, valoriza espécies brasileiras e reduz a pressão sobre os rios. Por essas razões, ela pode equilibrar produção, conservação e inclusão social.

Rondônia é o centro da Amazônia aquicultura?

Sim. Rondônia destaca-se como o maior produtor de peixes nativos na Amazônia. O tambaqui, por exemplo, é resistente, cresce rápido e converte bem a alimentação. Portanto, ele reúne as características ideais para ampliar a produção sem aumentar os impactos ambientais.

Como expandir a aquicultura sem prejudicar o meio ambiente?

A expansão precisa seguir critérios científicos. Primeiramente, os processos de licenciamento ambiental devem ser padronizados e mais acessíveis. Depois, é essencial monitorar a atividade de forma constante.

Além disso, é preciso atenção aos detalhes operacionais. O uso excessivo de ração, por exemplo, pode gerar acúmulo de matéria orgânica nos viveiros e aumentar a emissão de metano. Com boas práticas, esses problemas podem ser evitados.

Outro ponto importante: a ocupação de áreas já abertas, como pastagens improdutivas, reduz impactos e permite produzir mais proteína em menos espaço.

Tilápia ou tambaqui: qual é mais sustentável?

A tilápia lidera a produção nacional, mas é uma espécie exótica. Isso significa que, se escapar para o ambiente, pode competir com espécies nativas e alterar ecossistemas.

Em contrapartida, o tambaqui é nativo e apresenta menos riscos ambientais. Além disso, pode ser melhorado geneticamente para tornar-se ainda mais produtivo e resistente. Por isso, os especialistas defendem o investimento em espécies amazônicas.

A aquicultura pode garantir segurança alimentar na região?

Sim. A criação de peixes pode gerar uma fonte de proteína mais acessível e confiável para comunidades ribeirinhas. Isso ocorre porque a pesca tradicional está cada vez mais instável. Com políticas públicas bem direcionadas, a aquicultura pode transformar a realidade local.


FAQ: o que você precisa saber sobre Amazônia aquicultura

O que é aquicultura?
É a criação controlada de organismos aquáticos, como peixes, com fins comerciais e sustentáveis.

Por que investir em aquicultura na Amazônia?
Porque é mais eficiente, menos poluente e ajuda a preservar a floresta ao ocupar áreas já degradadas.

A tilápia é indicada para a Amazônia?
Não. Por ser exótica, pode causar desequilíbrios ambientais. O ideal é focar em espécies nativas como o tambaqui.

Qual o papel do tambaqui na aquicultura amazônica?
O tambaqui é a principal espécie nativa cultivada. Ele apresenta bom desempenho e menor risco ecológico.

A atividade é lucrativa para pequenos produtores?
Sim. Com assistência técnica e infraestrutura, pode gerar renda estável e melhorar a qualidade de vida local.

O estudo está disponível ao público?
Sim, para assinantes da Nature Sustainability,.


Pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia visitam produtor no município de Alto Paraíso (foto: Jucilene Cavali)

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Paulo Raffi e Luiz Eduardo Conte

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