O mercado brasileiro de suínos registrou um aquecimento significativo em outubro de 2024, impulsionado principalmente pelo bom desempenho das exportações e pela oferta limitada de animais para abate. Santa Catarina, principal estado exportador de carne suína do país, continua a liderar o setor, respondendo por 61,4 mil toneladas exportadas em setembro, um aumento de 10,1% em comparação ao mesmo período de 2023.
De acordo com o Boletim Agropecuário de outubro, produzido pela Epagri e divulgado pelo Observatório Agro Catarinense, os preços do suíno vivo subiram em estados produtores como Minas Gerais, Paraná e São Paulo, com aumentos de até 36,2% em relação ao ano passado. No acumulado de 2024, os cortes de carne suína também apresentaram alta, com destaque para a carcaça, que subiu 21,3%.
Entretanto, os custos de produção também subiram, pressionados pela elevação de 5,7% no preço do milho na região Oeste, essencial para a alimentação dos suínos. Apesar desse cenário, as exportações brasileiras de carne suína totalizaram 117,8 mil toneladas em setembro, um crescimento de 8,8% em relação ao ano anterior, refletindo a forte demanda internacional, especialmente de países como Filipinas e Japão.