Um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), subtipo H5N1, foi confirmado na zona rural do município de Quixeramobim, no Ceará, em aves de subsistência. A confirmação veio no dia 17 de julho, após análise feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas, e ativou imediatamente o Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
O foco foi detectado em uma propriedade de criação doméstica, onde havia contato direto entre aves e uma fonte de água utilizada por aves silvestres — fator que pode ter facilitado a transmissão do vírus.
A resposta rápida das autoridades sanitárias estaduais e federais garantiu a execução de ações emergenciais de contenção e monitoramento, com foco total em evitar a disseminação da doença e preservar a sanidade avícola da região.
Quais medidas foram adotadas após a confirmação de Influenza Aviária?
Assim que o caso foi confirmado, o Serviço Veterinário Oficial do Ceará interditou a propriedade afetada e iniciou um conjunto de ações coordenadas:
Eutanásia das aves doentes e das demais existentes na propriedade;
Instalação de barreira sanitária no entorno da criação;
Desinfecção de veículos e pessoas que circularam pela área;
Enterro das aves e materiais contaminados em vala sanitária;
Investigação epidemiológica em um raio de 10 quilômetros;
Reforço na orientação aos moradores da região sobre biosseguridade.
A operação contou com a participação de sete auditores fiscais e um agente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), com apoio da Prefeitura de Quixeramobim e da Superintendência Federal de Agricultura (SFA-CE).
O consumo de carne e ovos está liberado?
Sim. Mesmo diante do foco, os órgãos oficiais reforçam que não há riscos no consumo de carne de frango ou ovos, desde que provenientes de locais inspecionados e devidamente armazenados. A Influenza Aviária não é transmitida por meio da ingestão de alimentos preparados corretamente, o que garante a segurança para o consumidor.
Por que a influenza aviária é tão preocupante?
A gripe aviária, especialmente na sua forma de alta patogenicidade, é uma doença de notificação obrigatória que compromete diretamente a saúde animal e tem impacto internacional. Um foco em aves domésticas, ainda que de subsistência, exige resposta imediata para evitar que o vírus se espalhe para granjas comerciais ou interfira nas exportações.
Até o momento, o Brasil já registrou 181 casos da doença em 2025 — sendo a maioria em aves silvestres. Casos em aves de subsistência, como este, ainda são raros, mas requerem atenção redobrada.
A importância da biosseguridade no campo
Este episódio reforça a necessidade de aplicar medidas básicas de biosseguridade também em pequenas criações: isolamento das aves, restrição de acesso de pessoas, cuidado com a alimentação e, especialmente, a não exposição das aves a ambientes compartilhados com animais silvestres.
Quando produtores de subsistência compreendem seu papel dentro do sistema de defesa sanitária, toda a cadeia produtiva sai ganhando.
Perguntas frequentes (FAQ)
O que é a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1)?
É uma forma grave da gripe aviária, altamente contagiosa entre aves, que pode causar alta mortalidade em curto tempo.
Onde foi registrado o foco no Ceará?
Na zona rural de Quixeramobim, em uma propriedade com criação de aves de subsistência.
Como a contaminação pode ter ocorrido?
A suspeita é de que houve contato entre aves domésticas e silvestres em uma fonte de água próxima à criação.
As aves foram sacrificadas?
Sim. Todas as aves da propriedade foram eutanasiadas como medida de contenção sanitária.
Existe risco para o consumo de carne e ovos?
Não. O consumo é seguro desde que os produtos venham de fontes fiscalizadas e estejam corretamente armazenados e preparados.
Como denunciar casos suspeitos?
A população pode acionar a Adagri pelo telefone 0800 280 0410 ou buscar a unidade de atendimento veterinário mais próxima.