Granjas de suínos tecnificadas terão que adotar novas medidas de biosseguridade

Uma nova portaria Sape nº 50/2025 publicada pela Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina determina que granjas de suínos tecnificadas implantem medidas adicionais de biosseguridade. O objetivo é reforçar a proteção contra enfermidades que ameaçam a suinocultura e garantir a competitividade internacional do setor.

Assim que entrarem em vigor, dentro de 60 dias, estas diretrizes serão obrigatórias para todas as granjas tecnificadas. Algumas medidas são organizacionais e de higiene, outras exigirão ajustes estruturais. A norma também estabelecerá prazos para que granjas preexistentes se ajustem às novas medidas, variando da vigência até 12 a 24 meses, dependendo da adequação.

Para garantir que também os pequenos produtores possam se adequar às exigências, o Governo do Estado criou o Programa Biosseguridade Animal SC, que prevê financiamentos de até R$ 70 mil por granja, com subvenção de até 40%, além de um ano de carência e pagamento em cinco parcelas anuais.

Suinocultores terão linha de crédito em condições especiais para adequarem os estabelecimentos às medidas sanitárias previstas no documento. Portaria estabelece medidas de biosseguridade para qualificar ainda mais a suinocultura catarinense. Foto: Leo Munhoz / SECOM

Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, a mudança trará ganhos a todos, fortalecendo a suinocultura catarinense.  “A biosseguridade já existe em Santa Catarina, mas com esta portaria ela sai das integradoras, das cooperativas e vai para o produtor independente também. A cadeia produtiva precisa que a sanidade esteja presente em todas as etapas e a portaria estabelece quais são estes critérios mínimos para garantir um rebanho sadio”, afirma a presidente Celles.

A sanidade animal é o diferencial que permitiu à carne suína catarinense chegar a 78 países no ano passado, movimentando US$1,7 bilhão. Os países do continente asiático são o principal mercado comprador desses produtos.

FAQ

Quais mudanças a portaria Sape nº 50/2025 traz para os produtores?

As granjas deverão seguir protocolos mais rigorosos de controle sanitário, incluindo barreiras físicas de acesso, registros detalhados de entrada e saída de pessoas e veículos, além da obrigatoriedade de programas permanentes de monitoramento. Essas medidas buscam reduzir riscos de introdução e disseminação de doenças como peste suína clássica e peste suína africana.

Por que a biosseguridade é prioridade na suinocultura catarinense?

Santa Catarina é o maior exportador de carne suína do Brasil e abastece mercados altamente exigentes. Manter o status sanitário livre de doenças é essencial para garantir acesso a esses destinos e preservar a credibilidade internacional da produção. A nova portaria reforça o compromisso do estado com práticas modernas de prevenção.

Como os produtores devem se preparar?

O cumprimento das normas exigirá investimentos em infraestrutura, capacitação de equipes e ajustes nos manejos de rotina. A Secretaria da Agricultura, em parceria com entidades do setor, deve oferecer orientações técnicas para apoiar a adaptação das granjas às exigências.

O que são granjas de suínos tecnificadas?

São estabelecimentos com produção em escala comercial, que utilizam tecnologia avançada em manejo, nutrição e sanidade.

Quais doenças a portaria busca prevenir?

Principalmente peste suína clássica, peste suína africana e outras enfermidades de impacto econômico.

As medidas são obrigatórias para todos os produtores?

Sim, mas a portaria foca especialmente nas granjas tecnificadas, que concentram maior risco de disseminação em caso de surtos.

 

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Paulo Raffi e Luiz Eduardo Conte

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