O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) promoverá entre os dias 26 e 28 de novembro, em Patos de Minas, um treinamento focado no atendimento a suspeitas de doenças hemorrágicas em suínos, como a Peste Suína Clássica (PSC) e a Peste Suína Africana (PSA). O objetivo da ação preventiva é fortalecer a capacidade de resposta a surtos sanitários e proteger a produção suína do estado contra ameaças que podem impactar a economia local e as exportações.
Com a participação de mais de 50 médicos veterinários, o treinamento tem um enfoque prático e teórico, abordando desde os aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças até a aplicação de protocolos de biossegurança e desinfecção. A fase presencial, que ocorrerá em Patos de Minas, incluirá visitas a campo, simulações de emergências sanitárias e discussões sobre cenários epidemiológicos. O curso é um desdobramento de módulos on-line realizados nos dias 11 e 18 de novembro, com especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade de Castilla-La Mancha (Espanha) e outras instituições.
A escolha de Patos de Minas como sede do evento destaca a relevância da cidade como um dos maiores polos suinícolas de Minas Gerais, responsável por cerca de 16,3% da produção estadual de suínos, segundo dados de 2023 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O treinamento é considerado essencial para a manutenção da sanidade da cadeia produtiva, que envolve mais de 650 propriedades na região, e para prevenir prejuízos econômicos no mercado interno e externo.
A PSA, que afetou severamente países como a China, gerando perdas de milhões de suínos, continua a ser uma ameaça global, uma vez que não há vacina eficaz contra a doença. Além disso, a PSC ainda representa risco nas áreas não reconhecidas como livres no Brasil. A prevenção dessas doenças é crucial para garantir a competitividade da suinocultura brasileira, que enfrenta o risco de desabastecimento e aumento nos preços no mercado interno caso ocorra uma disseminação.
A ação conta com apoio de cooperativas, empresas do setor suinícola, instituições de ensino, a Prefeitura Municipal de Patos de Minas e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e faz parte dos esforços para manter o status de Minas Gerais como um estado livre de febre aftosa sem vacinação.