O presidente da Frimesa Cooperativa Central, Elias Zydek, destacou os principais obstáculos enfrentados pela suinocultura brasileira durante o Congresso de Suinocultores e Avicultores, realizado em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Zydek enfatizou que, apesar do crescimento da produção de carne suína em estados como Santa Catarina, que domina 90% do mercado internacional, o Paraná ainda enfrenta dificuldades, com apenas 55% de participação no comércio global.
Entre os desafios elencados por Zydek estão questões sanitárias, a alta nos custos de produção e a competitividade no mercado. Ele ressaltou que a suinocultura é afetada por doenças como o Senecavírus, que exige uma ação conjunta para prevenção, e pela necessidade de maior rigor na biossegurança das granjas. Além disso, mencionou que o mercado interno é pressionado por preços elevados de insumos e a preferência do consumidor brasileiro por outras proteínas, como a carne bovina e de frango.
Zydek também apontou a dificuldade em expandir as exportações para novos mercados internacionais, mesmo após o Paraná ser reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação. Países como Japão e Coreia do Sul ainda não permitem a entrada de carne suína paranaense, enquanto Santa Catarina já exporta para esses destinos há mais de uma década.
A Frimesa, que recentemente inaugurou um frigorífico em Assis Chateaubriand, enfrenta o desafio de expandir sua produção, dependendo das condições econômicas e do mercado interno. Zydek destacou a importância de aumentar o consumo per capita de carne suína no Brasil e competir com proteínas alternativas, como os hambúrgueres vegetais, embora acredite que a produção de carne de laboratório ainda não seja viável economicamente no país.