O poder de compra do suinocultor paulista em relação ao milho, insumo essencial na atividade, aumentou em junho, favorecido pela alta no preço do suíno vivo e pela queda no valor do cereal. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio do quilo do suíno vivo em São Paulo foi de R$ 6,97, uma alta de 3%, enquanto a saca de milho caiu 1,8%, sendo negociada a R$ 57,86.
Por outro lado, o poder de compra em relação ao farelo de soja, outro insumo importante para a suinocultura, diminuiu. As cotações do farelo de soja subiram devido à forte demanda doméstica e externa e à valorização do dólar frente ao real. Em Campinas (SP), o farelo de soja fechou junho com uma média de R$ 2,192 mil a tonelada, um aumento de 3,7% em relação a maio.
De acordo com o boletim mensal do Cepea, considerando o suíno comercializado na região SP-5 e os insumos negociados no mercado de lotes da região de Campinas, em junho, o suinocultor paulista conseguiu adquirir 7,23 kg de milho com a venda de 1 kg de suíno, uma quantidade 10,2% maior que a do mês anterior. Em contrapartida, em relação ao farelo de soja, o produtor pôde comprar 3,18 kg, 3,7% a menos no mesmo comparativo.