A Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), interceptou no dia 23, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, uma encomenda de ovos in natura enviada dos Estados Unidos sem a devida autorização sanitária. O produto, originário da Carolina do Norte — um dos principais estados produtores de aves —, chegou ao Brasil por remessa postal sem certificação zoossanitária.
Mesmo após o fim do estado de emergência nacional para a gripe aviária em julho, os Estados Unidos ainda registram focos do vírus H5N1 em aves, rebanhos leiteiros e até casos em humanos. Por isso, a devolução dos ovos ao país de origem foi medida necessária para evitar riscos à biosseguridade brasileira.
O que a apreensão de ovos in natura nos ensina sobre biosseguridade?
Você já parou para pensar no que pode acontecer quando um alimento cru atravessa fronteiras sem autorização? Foi exatamente isso que o Vigiagro — serviço de vigilância agropecuária do Ministério da Agricultura — identificou recentemente: uma remessa de ovos in natura enviada dos Estados Unidos para o Brasil sem autorização oficial.
Por que não se pode trazer alimentos crus de outros países?
Quando um alimento chega sem inspeção adequada, ele pode carregar vírus, bactérias e pragas que não existem no nosso território. Isso significa risco direto para a produção agrícola e pecuária, além de ameaçar a segurança dos alimentos que chegam à mesa das famílias brasileiras.
No caso dos ovos, por exemplo, doenças como a gripe aviária poderiam entrar dessa forma e gerar prejuízos bilionários para o setor avícola, que exporta para dezenas de países.
Qual é o papel do Vigiagro?
O Vigiagro atua em aeroportos, portos e fronteiras, fiscalizando bagagens, cargas e encomendas internacionais. Seu trabalho garante que apenas produtos autorizados e inspecionados entrem no país. É uma barreira de proteção invisível, mas essencial, para evitar que enfermidades cruzem fronteiras.
O que aconteceria sem essa fiscalização?
Se alimentos in natura fossem liberados sem controle, o Brasil poderia enfrentar:
Risco de surtos sanitários em aves, suínos ou bovinos.
Perda de mercados internacionais, já que outros países exigem garantias de sanidade.
Impacto econômico para produtores e indústrias.
Ameaça à saúde pública, com maior chance de doenças transmitidas aos consumidores.
Biosseguridade: uma responsabilidade de todos
A apreensão dos ovos mostra como a biosseguridade não depende apenas do produtor rural. Ela começa também nas fronteiras, nas bagagens e nas pequenas escolhas do dia a dia de quem viaja ou recebe encomendas. Respeitar essas regras é proteger não só o agronegócio, mas também a qualidade e a segurança dos alimentos que consumimos.