O governo do Paraná prorrogou por mais 180 dias a emergência zoossanitária no estado, como medida preventiva contra a gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado e, com isso, mantém ativa a estrutura de monitoramento e controle sanitário para evitar a introdução do vírus na avicultura comercial paranaense.
Essa é a terceira prorrogação do decreto original, assinado em 23 de julho de 2023. Isso reforça a necessidade de vigilância contínua. O Paraná, maior produtor e exportador de carne de frango do país, ainda não registrou casos da doença em granjas comerciais. No entanto, já houve registros em aves silvestres.
Por essa razão, a principal justificativa para a continuidade da emergência zoossanitária é o risco de introdução do vírus pelo deslocamento de aves migratórias, especialmente com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. Desde 15 de maio de 2023, quando o Brasil confirmou os primeiros casos da doença em aves silvestres, o vírus já foi detectado em diversas regiões. Dessa forma, a vigilância segue intensificada.
Quais medidas o Paraná está adotando para evitar a gripe aviária?
Com a prorrogação da emergência, o estado segue aplicando medidas sanitárias para evitar a entrada do vírus na produção comercial, incluindo:
Monitoramento de aves silvestres e domésticas em todo o território paranaense;
Controle da movimentação de aves vivas e produtos avícolas, o que reduz os riscos de contaminação;
Campanhas educativas e protocolos de biosseguridade voltados para produtores e trabalhadores do setor.
Além disso, as autoridades intensificam o diálogo com o setor produtivo para manter a cadeia sob controle.
Embora o Brasil tenha registrado casos da gripe aviária em aves silvestres, até o momento não há notificações da doença em granjas comerciais. Isso significa que o país mantém o status de livre da influenza aviária, conforme reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Contudo, a vigilância segue intensa para evitar que a enfermidade cause impactos na produção e exportação avícola. Como esses setores são estratégicos para a economia nacional, toda prevenção é essencial.
O que é a gripe aviária e como ela afeta as aves?
A gripe aviária, ou influenza aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres. Ela é causada por diferentes subtipos do vírus da influenza tipo A, sendo os mais preocupantes os subtipos H5 e H7, devido à sua alta patogenicidade.
O vírus pode ser transmitido por contato direto com aves infectadas, secreções respiratórias, fezes contaminadas ou por meio de equipamentos, roupas e veículos utilizados no transporte de aves. Por esse motivo, as aves migratórias desempenham um papel crucial na disseminação da doença, já que podem transportar o vírus por longas distâncias sem apresentar sintomas.
Os principais sinais da gripe aviária em aves incluem:
Queda na produção de ovos;
Dificuldade respiratória;
Inchaço na cabeça, crista e barbela;
Alterações no comportamento, como apatia;
Alta taxa de mortalidade.
Essa doença pode trazer graves impactos econômicos para a avicultura. Afinal, leva à morte em massa de aves, restrições comerciais e elevados custos com medidas sanitárias. No Brasil, apesar da presença do vírus em aves silvestres, a produção comercial segue livre da gripe aviária. Com isso, a cadeia produtiva permanece segura.
Medidas de biosseguridade, como controle sanitário rigoroso e restrição da movimentação de aves, são essenciais para evitar surtos e proteger a avicultura. Ou seja, a prevenção é o melhor caminho.
FAQ – Dúvidas frequentes sobre gripe aviária
1. A gripe aviária pode afetar seres humanos?
Sim, mas os casos são raros e ocorrem principalmente por contato direto com aves contaminadas.
2. O consumo de frango no Brasil é seguro?
Sim. Como não há registros da doença em granjas comerciais, o consumo de carne de frango e ovos segue seguro.
3. O que motivou a nova prorrogação no Paraná?
A circulação de aves migratórias e os casos em aves silvestres elevaram o risco. Por isso, o estado decidiu manter as ações preventivas.
4. Qual a diferença entre influenza aviária e outras doenças em aves?
A influenza aviária tem alta taxa de contágio e letalidade, exigindo resposta rápida e medidas severas de contenção.
5. Que sintomas indicam possível infecção?
Dificuldade para respirar, inchaço na região da cabeça, queda na produção de ovos e aumento de mortes na granja.
6. Existe vacinação contra a gripe aviária no Brasil?
Atualmente, o foco está na prevenção por meio da biosseguridade. O uso de vacinas ainda está em avaliação.