As ações do McDonald’s enfrentaram uma queda superior a 5% nesta quarta-feira (23), após o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmar a morte de uma pessoa e dezenas de doenças associadas a infecções por E. coli ligadas ao famoso hambúrguer “Quarter Pounder” (Quarterão). Relatos de casos foram registrados em pelo menos 10 estados do país, resultando em 49 pessoas afetadas, das quais 10 foram hospitalizadas.
Em resposta à situação, a rede de fast food suspendeu a venda do sanduíche nas áreas impactadas, incluindo Colorado, Kansas, Utah e Wyoming. A cepa da bactéria envolvida, E. coli O157, é conhecida por causar doenças graves e já esteve associada a um surto em 1993 que resultou na morte de quatro crianças em decorrência de hambúrgueres malpassados em outra rede de restaurantes.
Os sintomas da infecção por E. coli incluem cólicas abdominais severas, diarreia e vômito, e todos os pacientes identificados na investigação relataram ter consumido alimentos do McDonald’s antes de adoecer. A maioria deles mencionou especificamente o Quarterão como a refeição ingerida.
Atualmente, a origem do ingrediente contaminado ainda está sob investigação, mas as autoridades estão examinando a possibilidade de que cebolas frescas fatiadas e carne bovina estejam relacionadas ao surto. “As descobertas iniciais indicam que um subconjunto de doenças pode estar relacionado às cebolas fatiadas adquiridas de um único fornecedor”, afirmou Cesar Piña, diretor de cadeia de suprimentos do McDonald’s na América do Norte.
Enquanto a investigação avança, a empresa está tomando medidas proativas para remover as cebolas fatiadas e os hambúrgueres utilizados no Quarterão das unidades afetadas, conforme orientações do CDC. Além disso, um analista de mercado alertou que o surto pode pressionar os preços dos contratos de gado nos Estados Unidos, impactando a demanda por carne bovina.