O Brasil registrou em outubro um marco histórico nas exportações de carne suína, com o envio de 130 mil toneladas ao mercado internacional, um crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de janeiro a outubro, o volume totalizou 1,12 milhão de toneladas, um aumento de 10,7% em comparação ao ano passado, superando as previsões iniciais da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que indicavam uma alta entre 7% e 8%. O setor projeta continuidade do crescimento para novembro e dezembro.
Um dos destaques foi a mudança na liderança dos destinos: as Filipinas ultrapassaram a China, tradicional maior compradora, com um crescimento de 260% nas importações em outubro, totalizando 38 mil toneladas. De janeiro a outubro, as Filipinas importaram 206 mil toneladas, um avanço de 103,3% em relação ao ano anterior. Essa mudança reflete o esforço do Brasil em diversificar seus mercados, segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Além das Filipinas, outros países, como Japão, Chile e Hong Kong, também mostraram aumentos expressivos nas compras de carne suína brasileira. O Japão, por exemplo, registrou um aumento de quase 200% nas importações, consolidando a importância do setor de suínos do Brasil na segurança alimentar global, especialmente com a queda nas exportações para a China. Santin reforçou a relevância de um mercado global mais equilibrado, no qual a suinocultura brasileira desempenha papel essencial para o Brasil e os países parceiros.