A severa estiagem que atinge o estado de São Paulo tem causado grandes prejuízos à agricultura e agravado a escassez de forragem para ruminantes. Em resposta a esse desafio, pesquisadores do Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, identificaram a Moringa oleifera como uma alternativa viável e promissora para a alimentação dos animais durante períodos de seca.
A Moringa se destaca por sua alta resistência a condições climáticas adversas, como a falta de água, e por suas propriedades nutricionais e medicinais. Além de ser rica em proteínas, vitaminas e minerais, a planta possui características que podem melhorar a saúde e a produtividade dos animais, ao mesmo tempo em que reduz custos e impactos ambientais.
Segundo os pesquisadores do IZ, todas as partes da moringa são aproveitáveis na alimentação animal. As folhas, por exemplo, são ricas em betacaroteno, vitamina C, ferro e potássio. Já as sementes contêm óleos essenciais, compostos fenólicos e flavonoides, que promovem a saúde dos ruminantes. O uso da moringa também contribui para a diminuição da produção de metano, um dos gases de efeito estufa, ajudando a mitigar o impacto ambiental da pecuária.
A pesquisa ainda destaca o efeito antimicrobiano do óleo extraído das sementes, que auxilia na redução de bactérias patogênicas no trato gastrointestinal dos animais, favorecendo o crescimento de bactérias benéficas e, consequentemente, a saúde geral dos rebanhos.
Com essas características, a Moringa oleifera desponta como uma solução inovadora e sustentável para enfrentar a escassez de alimentos para ruminantes durante períodos de seca, garantindo a continuidade da produção e a qualidade dos produtos de origem animal em São Paulo.
