A aquicultura brasileira segue em expansão, registrando um aumento de 72% nas exportações entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024, de acordo com o Informativo Comércio Exterior da Piscicultura da Embrapa Pesca e Aquicultura. O volume exportado subiu de US$ 8,7 milhões para US$ 15 milhões no período, consolidando o setor como uma das promessas do agronegócio nacional.
No entanto, apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios relacionados às oscilações climáticas e ao estresse dos peixes, como destaca Fábio Catunda, especialista em suprimentos agrícolas para a América Latina. Segundo ele, as mudanças no clima, combinadas com manejo inadequado, vacinação e transporte, afetam o sistema imunológico dos peixes, comprometendo seu crescimento e abrindo caminho para infecções bacterianas. Esse cenário leva ao aumento no uso de antibióticos na criação.
“Para mitigar esses efeitos, é fundamental investir em uma nutrição profunda e balanceada, que reduza a necessidade de antibióticos e tratamentos químicos, fortalecendo a imunidade das espécies aquáticas”, explica Catunda. Ele ainda ressalta que a alimentação adequada é crucial para garantir a saúde dos peixes e otimizar a produtividade.
O manejo correto, aliado a estratégias que considerem os impactos climáticos, é visto como uma das chaves para sustentar o crescimento da aquicultura no Brasil, evitando perdas no processo produtivo e aumentando o peso vivo dos peixes.