O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira, 3 de julho, o lançamento do Plano Safra 2024/2025, com uma alocação histórica de R$ 400,59 bilhões destinados a médios e grandes produtores rurais do Brasil. Esta edição marca um aumento de 10% em relação ao volume de recursos disponibilizados na safra anterior, consolidando-o como o maior Plano Safra já implementado no país.
Durante o evento no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), Lula destacou a importância estratégica do setor agrícola brasileiro, mencionando avanços significativos como o aumento na produção de algodão e a expansão das exportações agrícolas para diversos mercados internacionais.
“O Brasil, hoje, produz mais algodão do que o Egito e nós estamos exportando para o Egito, numa demonstração da capacidade, da criatividade e dos investimentos em conhecimento tecnológico que nós estamos fazendo na agricultura. Essa é uma coisa extremamente sagrada para um país que tem a extensão territorial do Brasil, a quantidade de água do Brasil e um país que tem um potencial de crescimento na área da agricultura como nenhum outro país do mundo”, afirmou o presidente.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou que este Plano Safra representa um aumento de 40% em relação às duas edições anteriores, destacando a redução de 23% no custo de produção agrícola nos últimos dois anos. Fávaro também enfatizou os esforços para ampliar mercados internacionais para produtos agropecuários brasileiros.
Além dos R$ 400,59 bilhões em créditos para a agricultura empresarial, o Plano Safra inclui mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR), totalizando R$ 508,59 bilhões para impulsionar o desenvolvimento sustentável do agronegócio nacional.
Entre os destaques do plano estão as taxas de juros competitivas para custeio e comercialização, com 8% ao ano para produtores enquadrados no Pronamp, e investimentos variando de 7% a 12% ao ano, dependendo do programa específico. O foco na sustentabilidade também é evidente, com iniciativas que premiam práticas agrícolas ambientalmente responsáveis e financiam projetos de adaptação às mudanças climáticas e baixa emissão de carbono.