Nesta quinta-feira (22), as principais Bolsas de Suínos para a comercialização de animais na modalidade independente registraram uma queda generalizada nos preços. Líderes do setor apontam que, apesar de uma produção mais enxuta, o efeito “final de mês”, com uma demanda mais fraca, está prevalecendo.
Em São Paulo, o preço teve um leve aumento, passando de R$ 7,04/kg vivo para R$ 6,77/kg vivo, após um acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
“A justificativa para a queda é a diminuição do consumo, o que é comum na última semana do mês, especialmente durante o período da Quaresma. Além disso, houve uma grande disputa pelo suíno abatido, que também sofreu uma queda de preço acentuada”, explicou Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.
No mercado mineiro, o valor caiu de R$ 7,00/kg vivo para R$ 6,60/kg vivo, sem acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
“O mercado segue em queda e está próximo de atingir o ponto mais baixo”, afirmou Alvimar Jalles, consultor de mercado da Associação.
De acordo com informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal teve um leve aumento, passando de R$ 6,30/kg vivo para R$ 6,14/kg vivo nesta semana.
“À medida que o mês avança, a perspectiva de preços piora. Sabemos que a produção está um pouco estagnada, mas parece que o consumo não está acompanhando o ritmo da produção”, destacou Losivanio de Lorenzi, presidente da entidade.
No estado do Paraná, considerando a média semanal entre os dias 15/02/2024 a 21/02/2024, o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve uma queda de 3,59%, encerrando a semana em R$ 6,22/kg vivo.
“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente uma nova queda, podendo ser cotado a R$ 6,20/kg vivo”, informou o relatório do Lapesui.