Pela primeira vez, uma carga foi embarcada para os Estados Unidos sem a exigência da Certificação Sanitária Internacional (CSI), um requisito que vigorava desde 2012 como parte de um acordo bilateral entre Brasil e Estados Unidos, nesta quinta-feira (5). A desburocratização, anunciada em outubro de 2024, marcou o início de testes que culminaram no envio experimental de 34 toneladas de filé fresco de tilápia. A carga saiu do Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado em Campinas e deu início a um novo capítulo na exportação de pescado brasileiro.
A intenção de toda essa cadeia é reduzir de 48 horas para 36 horas o processo que se inicia com a retirada do peixe da água, abate, filetagem, carregamento, transporte rodoviário, embarque e disponibiliza para o consumidor nas prateleiras dos varejistas nos Estados Unidos. O objetivo agora é expandir o alcance dessas exportações.
Para isso, há uma colaboração integrada entre exportadores, importadores, agentes de carga, companhias aéreas, o sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a concessionária do aeroporto.
A expectativa é aumentar tanto a frequência semanal quanto o volume exportado, consolidando o aeroporto como um importante hub para o embarque de pescado brasileiro. O primeiro embarque sem o CSI, realizado em caráter experimental, abriu as portas para novas operações e demonstrou o potencial de crescimento desse mercado.
Confiança internacional no controle sanitário brasileiro
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que essa medida reflete a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil.
A desburocratização não implica na ausência de controle; os exportadores brasileiros continuam a seguir as normas da Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos. Isso simplifica o processo e aumenta a competitividade do setor.
Impacto econômico e perspectivas futuras
O Brasil é o segundo maior exportador de pescados para os Estados Unidos, com a tilápia como principal produto.
A redução no tempo de exportação e a eliminação de barreiras burocráticas devem resultar em um incremento nas vendas e valorização do produto brasileiro no mercado norte-americano.
Os consumidores terão acesso a um produto mais fresco, com maior prazo de validade e menor preço, fortalecendo a posição do Brasil como fornecedor de pescado de alta qualidade.
Perguntas Frequentes
Como a desburocratização afeta a qualidade do pescado exportado?
A desburocratização agiliza o processo de exportação, permitindo que o pescado chegue mais rápido ao destino, o que resulta em um produto mais fresco e de melhor qualidade para o consumidor final.
Quais são os principais mercados para o pescado brasileiro?
Os Estados Unidos são o principal mercado para o pescado brasileiro, especialmente para a tilápia. Outros mercados importantes incluem Hong Kong e China.
Como a eliminação do CSI impacta os produtores brasileiros?
A eliminação do CSI reduz custos e tempo no processo de exportação, aumentando a competitividade dos produtores brasileiros no mercado internacional e potencializando suas margens de lucro.
Quais medidas estão sendo tomadas para garantir a sustentabilidade da produção de pescado no Brasil?
O setor, portanto, investe em práticas de aquicultura sustentável, controle da qualidade da água e redução de produtos químicos e também segue rigorosamente as normas sanitárias internacionais para atender às exigências do mercado.
O processo inclui retirada do peixe, abate, processamento e transporte rodoviário ao aeroporto. Depois, ocorre o embarque aéreo e a distribuição nos EUA, tudo dentro do prazo estabelecido.
Quais são os desafios enfrentados pelo Brasil na exportação de pescado?
Desafios incluem a necessidade de modernização da infraestrutura, manutenção de altos padrões sanitários, sustentabilidade ambiental e adaptação às exigências dos mercados internacionais.