A produção de peixes no Brasil, que alcançou quase 890 mil toneladas em 2023, enfrenta desafios em relação ao bem-estar animal. Segundo um relatório inédito da ONG Alianima, divulgado em 18 de setembro de 2024, a ausência de uma legislação que regulamente as boas práticas no setor ainda é um grande obstáculo para tornar a piscicultura mais sustentável.
O estudo revela que, embora a piscicultura tenha superado a pesca em produção mundial, atingindo 94,4 milhões de toneladas em 2022, questões como a qualidade da água, alimentação adequada e o manejo no abate dos peixes ainda são negligenciadas no Brasil. A falta de regulamentação específica para o bem-estar dos peixes, que não são protegidos pela Portaria 365/2021 do Ministério da Agricultura, contribui para esse cenário, apontando a necessidade urgente de ajustes para evitar o sofrimento desses animais.
Falta de legislação sobre bem-estar animal ameaça sustentabilidade na produção de peixes, diz relatório
Um relatório divulgado pela ONG Alianima nesta quarta-feira (18) alerta para a falta de regulamentação que proteja o bem-estar dos peixes no Brasil. Segundo o “Observatório do Peixe”, a ausência de boas práticas na piscicultura e pesca pode comprometer a sustentabilidade do setor, que produziu quase 890 mil toneladas em 2023.
Caroline Maia, especialista em peixes da Alianima, destaca que a falta de identificação dos peixes como seres sensíveis contribui para a negligência em práticas como alimentação e manejo adequados. O relatório sugere que a adoção de técnicas de insensibilização e transporte mais humanitárias pode evitar o estresse e sofrimento dos animais, fatores cruciais para um desenvolvimento sustentável da aquicultura no país.