O Ministério da Pesca e Aquicultura firmou um importante acordo para enfrentar os efeitos devastadores do derramamento de petróleo que afetou o litoral nordestino brasileiro em 2019. O desastre impactou mais de 70% das cidades costeiras da região, prejudicando gravemente o ecossistema marinho e as comunidades de pesca artesanal.
Na próxima sexta-feira (30), o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e o secretário Nacional de Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho, estarão presentes na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para a assinatura do projeto “Petróleo e os Povos da Pesca Artesanal: Enfrentando o Racismo e a Injustiça Ambiental”. Este projeto tem como foco a construção de políticas públicas para proteger os recursos e práticas das comunidades pesqueiras afetadas pelo desastre.
A iniciativa é parte de uma parceria com a Rede Prodema, um programa de pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente das universidades federais nordestinas. O objetivo é desenvolver ações que abordem o racismo ambiental e apoiem os povos da pesca artesanal, que enfrentam desafios adicionais devido à sua vulnerabilidade social e econômica.
Durante o evento, pescadores e representantes de comunidades pesqueiras também participarão da cerimônia, refletindo a inclusão dos homens e mulheres pretos e pardos, que compõem grande parte dessa população afetada. Esta colaboração visa não apenas enfrentar o impacto ambiental do derramamento, mas também promover justiça e igualdade para os povos da pesca artesanal.