Um estudo realizado pela Embrapa Amazônia Ocidental destaca que a polpa de goiaba proveniente da agroindústria pode ser uma alternativa viável na formulação de rações para juvenis de tambaqui, com a capacidade de substituir o milho em até 75%. Os pesquisadores consideram essa substituição positiva e comparável a outros produtos não convencionais avaliados, indicando uma aceitação favorável do resíduo da goiaba.
A pesquisa, conduzida pelos pesquisadores Jony Dairiki e Cheila Boijink, revela que a agroindústria de polpa de goiaba apresenta quantidade, escala de produção e qualidade nutricional, tornando-a uma fonte promissora para a produção de rações de tambaqui. No entanto, a presença elevada de fibra bruta na polpa pode impactar o ganho de peso dos peixes alimentados exclusivamente com essa substituição.
O estudo destaca a importância da economia circular, propondo o aproveitamento de subprodutos da agroindústria local para reduzir custos aos piscicultores. A aceitação das rações com resíduo de polpa de goiaba foi positiva, indicando a possibilidade de substituição parcial do milho e a viabilidade do uso desse resíduo na alimentação do tambaqui.
A pesquisa faz parte dos esforços contínuos da Embrapa Amazônia Ocidental para explorar alternativas aos ingredientes tradicionais nas rações para peixes, proporcionando não apenas uma economia para os produtores, mas também promovendo a sustentabilidade na aquicultura da região.