Pesquisadores avaliam estudos que buscam inovação na criação comercial de tilápia

Pesquisadores que integram o projeto “Cooperação entre Noruega e Brasil em Pesquisa e Educação para Melhoramento da Criação em Aquacultura Sustentável” participam nesta quinta (5) e sexta-feira (6) de uma reunião de avaliação do trabalho iniciado no ano passado e que tem o objetivo de apresentar soluções e inovações para a criação comercial de tilápias do Nilo. A espécie é originária da África, está presente em todos os continentes e representa o principal produto comercial da psicultura brasileira, tendo o Paraná como principal estado produtor.

A abertura do encontro foi realizada nesta quinta, pela manhã, no Laboratório Escola de Pós-Graduação (Labesc), no Campus da UEL, reunindo representantes do consórcio: UEL; Universidade Nord, localizada em Bodo, na Noruega; e as parceiras Embrapa Pesca e Aquicultura, de Palmas/TO, e a multinacional GenoMar Genetics. Nestes dois dias, os pesquisadores pretendem fazer uma avaliação do estágio dos estudos e definir as próximas etapas do acordo de cooperação, que vai até o final de 2024. Com o encerramento deste ano, haverá um novo encontro na sede da Embrapa Pesca e Aquicultura. Em março do próximo ano, pesquisadores da UEL devem seguir para Bodo para coordenar um curso sobre genética e biotecnologia em tilápias.

Um dos coordenadores do trabalho na UEL, professor Laurival Antonio Vilas Boas, do Departamento de Biologia Geral (CCB), explica que o foco principal do projeto é a troca de informações e experiências por meio de intercâmbio acadêmico. A UEL já enviou dois pesquisadores para Bodo, sendo que três estão lá atualmente. Para o desenvolvimento do trabalho, a Universidade já recebeu cerca de R$ 170 mil, fora as bolsas pagas aos pesquisadores.

O trabalho envolve as professoras Lucienne Garcia Pretto-Giordano, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, e Maria Isabel Mello Martins, de Clínicas Veterinárias. De acordo com Vilas Boas, os estudos avançam em duas linhas de pesquisa. Uma grande necessidade dos produtores é o combate à bactéria Streptococcus agalactiae, considerada a principal doença que afeta a espécie e que pode comprometer parcelas consideráveis do plantel.

Os estudos genéticos buscam compreender a doença e promover ações que resultem em uma espécie mais resistente a ela. Ainda nesse sentido, os pesquisadores desejam desenvolver uma vacina contra a bactéria. A outra linha de pesquisa prevê o congelamento do sêmen, a exemplo do que já ocorre com bovinos, equinos, pets (cachorros e gatos domésticos) e felinos selvagens.

A professora Maria Isabel é a responsável pela condução dos trabalhos e acrescenta que se trata de uma tecnologia inédita no Brasil. Os testes estão sendo realizados com pesquisadores da UEL nos laboratórios da Universidade Nord.

Mercado amplo

Na Noruega, o projeto está sendo coordenado pelo professor Jorge Fernandes, que veio para a reunião em Londrina, acompanhado da pesquisadora Irina Smolina, da Faculdade de Biociência e Aquacultura da Universidade de Nord. Segundo ele, os resultados neste primeiro ano são satisfatórios, considerando a evolução das pesquisas e a troca de informações. Ele confirmou que o projeto prossegue durante todo o ano de 2024 e que os pesquisadores da UEL são esperados no próximo mês de março para uma oficina que será realizada na Universidade Nord, em Bodo.

O trabalho desenvolvido por meio do consórcio tem forte apelo no mercado nacional e até internacional. A previsão da Associação Brasileira de Piscicultura é de que, até 2030, a criação de tilápia responda por 80% da produção de peixes do país. Hoje, o Brasil é quarto maior produtor de tilápia, com 8,4% do volume global. O crescimento se deve a fatores como proteína de alta qualidade, preço competitivo e preparo fácil.

Fonte: https://operobal.uel.br/pesquisas/2023/10/05/pesquisadores-avaliam-estudos-que-buscam-inovacao-na-criacao-comercial-de-tilapia/

Paulo Raffi e Luiz Eduardo Conte

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